ADRA atende mulheres em situação de vulnerabilidade social em Minas Gerais

ADRA atende mulheres em situação de vulnerabilidade social em Minas Gerais

Projeto Casa de Mulheres oferece moradia, educação e suporte a pelo menos 50 pessoas

Com o objetivo de reforçar o desenvolvimento e a reeducação social sobre os direitos das mulheres na sociedade, em 9 de junho de 1980 foi instituído o Dia Nacional da Mulher.
Apesar de ser pouco difundido no Brasil, a data tem busca promover a inserção da mulher na sociedade em áreas diversas, além de incentivar iniciativas que auxiliem as mulheres desamparadas.
Mulheres como Janaína Pego. Ela mora em Belo Horizonte, Minas Gerais, e com o adoecimento da mãe, precisou abrir mão do trabalho informal de babá para cuidar de sua progenitora, que faleceu pouco tempo depois.


Com o luto, veio a depressão. Janaína não tinha condições financeiras para custear seu aluguel. Sendo assim, iniciou uma trajetória sombria nas ruas da capital mineira, onde permaneceu por quatro anos. “Viver nas ruas não é nada fácil. Não temos lugar para dormir, para tomar banho, ficamos sem almoçar até receber doações. Tem muita violência, preconceito, desprezo. É preciso dormir com um olho fechado e o outro aberto”, conta Janaína.


A ex-babá expõe que a indiferença da sociedade aumenta o sofrimento das pessoas em situação de rua. “As pessoas acham que porque moramos na rua somos inferiores, mas não somos. Somos seres humanos, como todos, porém, estamos numa situação debilitada e precisamos de refúgio”, desabafa.

Em 2020, a sem-teto recebeu esse refúgio através do projeto Casa de Mulheres, mantido pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais, a ADRA, que conta com apoio da administração municipal de Belo Horizonte.


De acordo com a coordenadora do projeto, Cinara Rocha, no local, que fica no bairro Copacabana, Belo Horizonte, são acolhidas cerca de 50 mulheres em situação de rua. “Oferecemos a elas uma moradia segura, confortável, em condições para que consigam, com suporte técnico e acesso às demais políticas sociais, superar a situação de vulnerabilidade”, explica.


A casa de acolhimento conta com vários quartos mobilizados, cozinha, recepção, sala espaçosa, piscina, biblioteca, camas confortáveis, entre outros ambientes.
Cinara ainda ressalta que as mulheres recebem acesso à saúde, alimentação, educação, lazer, entre diversas outras ações que preparam-nas para se reinserirem na sociedade.


Foi o que aconteceu com Janaína. Com o apoio do projeto da ADRA, ela foi encaminhada para cursos de qualificação profissional, nas áreas de manipulação de alimentos, culinária e artesanato. “Fui à casa com objetivos. Não queria ficar parada. Queria mudar de vida. Com a ajuda das conselheiras, fui atrás de cursos e cuidei da minha saúde, que estava debilitada. Minha vida mudou radicalmente”, conta, emocionada.


A mulher retomou os estudos e concluiu o ensino médio. Em 2021, foi contemplada com a bolsa moradia, um subsídio oferecido pelo município de Belo Horizonte, que possibilita o desligamento do abrigado para viver de forma autônoma e segura em sua própria casa. “Era o que eu mais sonhava: ter meu lar. A ADRA me apoiou muito, me deu uma oportunidade para seguir minha vida e conquistar minha independência”, comemora Janaína.


Como exemplo de superação e motivação para as demais beneficiadas pelo serviço, Janaína foi contratada pela ADRA e passou a atuar como auxiliar de cozinha na Casa de Mulheres, projeto que a acolheu. “Esse projeto é fundamental para atender as mulheres que se encontram na rua sofrendo vários tipos de violências, principalmente no contexto atual no qual muitas pessoas se encontram, sem as mínimas condições de sobrevivência”, pontua a coordenadora da ação.


 Você pode ajudar
O projeto busca voluntários que possam atuar em oficinas, cursos profissionalizantes, voluntários que auxiliem também com a doação de itens de higiene feminina, roupas em boas condições, calçados, peças íntimas, roupas de cama, entre outros.
Você também pode fazer uma doação através do pix CNPJ 16.524.054/0002-77 e auxiliar dezenas de pessoas que passam por momentos difíceis como Janaína se encontrava.
Os voluntários que se interessarem em participar dos projetos podem agendar uma visita à unidade para conhecer de perto todas as ações tão necessárias às mulheres vulneráveis.